🎥 7 curiosidades incríveis sobre o filme “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937) que você (provavelmente) não sabia!

“Branca de Neve e os Sete Anões”, lançado em 1937, não é apenas um marco na história do cinema, mas também um verdadeiro ícone da animação mundial. Produzido pela Walt Disney, foi o primeiro longa-metragem de animação da história e se tornou um sucesso estrondoso, encantando gerações com sua magia, personagens inesquecíveis e a bela história de amizade e superação.
De suas inovações técnicas pioneiras às referências e influências culturais que permeiam a trama, “Branca de Neve e os Sete Anões” continua a ser uma fonte inesgotável de fascínio para os amantes do cinema e da animação.
Prepare-se para descobrir aspectos surpreendentes sobre essa clássica obra-prima da Disney!
1 – FOI UM PROJETO DIFÍCIL E ARRISCADO PARA A FAMÍLIA DO WALT DISNEY
Na década de 1930, o projeto enfrentava um ceticismo generalizado, já que um longa-metragem de animação nunca havia sido feito antes. Disney acreditava no potencial do filme, mas a falta de recursos e a desconfiança da indústria tornaram as coisas ainda mais difíceis. Para financiar o projeto, ele teve que pedir empréstimos no banco onde seu irmão Roy Disney trabalhava, uma situação delicada e arriscada, pois se desse errado, a família Disney ficaria endividada em milhões de dólares, numa época de crise para os EUA.
Além disso, o longa exigia um trabalho intenso: 24 desenhos eram feitos por segundo de filme, desenhados e pintados à mão, o que fez com que 2 milhões de desenhos fossem concluídos. A maquiagem da Branca de Neve era de verdade, e foi feita por artistas mulheres na época.
A animação era um processo incrivelmente demorado e caro, mas Walt persistiu em sua visão.
2 – WALT DISNEY ADORAVA O “IMPOSSÍVEL”
Michael Giacchino, compositor de filmes como “Up: Altas Aventuras” e “Os Incríveis”, comentou durante o especial sobre “Branca de Neve e os Sete Anões”: “Aquilo era uma aventura incrivelmente audaciosa para a indústria, especialmente em um momento em que parecia impensável criar um longa-metragem animado.
Eric Goldberg, supervisor de animação do The Walt Disney Animation Studios, acrescentou que “todo mundo achava que Disney estava sendo irracional ao pensar em um filme de animação”.
O animador Ward Kimball, que também trabalhou no desenho, relembrou: “Os grandes nomes do cinema alertaram que Hollywood só aceitava curtas de animação, com duração de seis ou sete minutos. Ninguém ficaria assistindo a algo que durasse uma hora e meia”. Ele ainda destacou: “Mas Walt não se deixou influenciar por esse pessimismo. Ele acreditava que, se a animação tivesse uma boa história, com não apenas risadas, mas também emoção e tragédia, ela faria sucesso”.
Walt Disney se provou estar absolutamente certo. Anos mais tarde, Disney desabafou: “Eu gosto do impossível, pois a concorrência de lá é menor”, porque o que ele fez era realmente impossível para a época.
3 – AS MÚSICAS ERAM FEITAS PARA LEVANTAR O ÂNIMO DO MUNDO, QUE PASSAVA POR UMA DAS MAIORES CRISES DA HISTÓRIA
No livro “Snow White and the Seven Dwarfs: The Art and Creation of Walt Disney’s Classic Animated Film” (“Branca de Neve e os Sete Anões: A Arte e a Criação do Clássico Filme Animado de Walt Disney”, em tradução livre), publicado em 2012, não apenas se explora em detalhes o processo criativo por trás desse clássico da animação, mas também são reveladas curiosidades sobre a obra.
De acordo com informações compartilhadas pelo CineBuzz, o livro revela que muitos filmes lançados naquela época — sendo “Branca de Neve e os Sete Anões” de 1937 —, incluindo os da Disney, tinham um propósito além de simples entretenimento: eles buscavam levantar o espírito do público. Isso ocorre em um período marcado pela devastadora Grande Depressão, que afetou grande parte do mundo após a Crise de 1929.
Portanto, enquanto muitas famílias — principalmente nos Estados Unidos, mas também em várias outras partes do mundo — enfrentavam dificuldades econômicas extremas, em meio a uma das maiores crises da história, a história do clássico transmitia uma mensagem de esperança, mesmo sem fazer referência direta à crise, oferecendo uma visão mais otimista para superar as adversidades.
Um exemplo claro de como as músicas de “Branca de Neve e os Sete Anões” foram pensadas para animar o público, é a canção “With a Smile and a Song” (traduzida para o português como “Meu Mundo Feliz”). O título já transmite essa intenção de levantar o ânimo, e a letra da música traz uma mensagem positiva, falando sobre como uma atitude otimista pode ajudar a resolver problemas e melhorar o humor diante das dificuldades. No entanto, quem conhece o contexto por trás da canção pode se sentir um pouco melancólico ao refletir sobre sua origem, embora a mensagem de esperança continue vigente.
“Meu Mundo Feliz” se tornou uma das músicas mais icônicas da Disney, representando um dos maiores momentos da primeira animação da empresa.
4 – A MÚSICA DA SOPA
Na animação clássica Branca de Neve e os Sete Anões (1937), havia uma cena memorável em que os anões cantam a “Música da Sopa”, enquanto se preparam para o jantar. A canção, uma sequência animada cheia de humor e energia, foi cortada da versão final do filme.
A letra da música, que era alegre e divertida, mostrava os anões animados enquanto serviam a sopa, mas a cena foi considerada excessivamente longa e não essencial para o desenvolvimento da trama principal. Embora a música tenha sido excluída, ela permanece um exemplo de como Walt Disney e sua equipe estavam sempre explorando novas formas de enriquecer a narrativa com músicas cativantes e personagens encantadores.
5 – TECNOLOGIA INOVADORA PARA A ÉPOCA
O filme introduziu várias inovações técnicas no campo da animação. Um dos maiores avanços foi o uso de som em sincronia perfeita com as imagens, o que permitiu dar vida aos personagens e diálogos.
Além disso, a Disney usou a técnica de “multi-plane” (múltiplos planos de câmera) para criar uma sensação de profundidade nas cenas. Isso foi revolucionário na época e contribuiu para a beleza visual do filme, com a criação de ambientes mais dinâmicos e imersivos.
6 – ESCOLHENDO OS NOMES DOS ANÕES
Menos de um ano antes da estreia do filme, os sete anões ainda não tinham nomes definidos. “Um grande desafio que Walt Disney enfrentou foi escolher os nomes para os anões e decidir quais características ele poderia atribuir a cada um”, explicou o historiador Brian Sibley.
“Por um bom tempo, Dunga era simplesmente chamado de ‘Sétimo’. Uma lista com dezenas de possíveis nomes foi criada, mas apenas alguns poucos acabaram sendo escolhidos para o filme”, contou Sibley.
7 – A GRANDE ESTREIA
O escritor Neal Gabler revelou que “o filme foi finalizado, literalmente, duas semanas e meia antes da estreia. Eles nem tiveram tempo para fazer uma grande campanha publicitária”.
A grande estreia de “Branca de Neve e os Sete Anões” ocorreu no dia 21 de dezembro de 1937, no Carthay Circle Theatre, em Los Angeles, Califórnia, com a presença de celebridades e de toda a equipe envolvida no projeto. Ward Kimball, um dos animadores, recordou: “No clímax do filme, todos começaram a chorar. Eu fiquei impressionado. Os críticos tinham chamado o filme de uma caricatura, mas o público chorou em uníssono”.
Kimball concluiu dizendo: “O talento de Walt estava em seu caráter de homem comum, porque ele sabia o que a maioria das pessoas sentia. Ele era o público ideal. Se ele sentisse, o público também sentiria”.
CONCLUSÃO
O filme “Branca de Neve e os Sete Anões” de 1937 não apenas revolucionou o cinema de animação, mas também deixou um legado duradouro na indústria cinematográfica. Como o primeiro longa-metragem animado da história, ele desafiou convenções e estabeleceu novas possibilidades para a narrativa visual e a música no cinema.
A inovação técnica, como o uso do Technicolor e a criação de personagens emocionalmente cativantes, foi fundamental para seu sucesso. Além disso, a obra introduziu a magia da Disney, que se tornaria uma marca global. As lições sobre coragem, bondade e a luta entre o bem e o mal continuam a ressoar com o público, fazendo de “Branca de Neve e os Sete Anões” um filme atemporal.
Sua importância vai além do entretenimento, marcando o início de uma era de animação que, até hoje, continua a encantar gerações de espectadores em todo o mundo.